foi uma ideia que me veio à cabeça há um dia atrás.
(que isto de ir de férias serve para muita coisa)
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| o lado negro do coração? @ Mhas Perspectivas |
eu ainda me lembro quando conhecia um rapaz e não o podendo adicionar no Facebook, outra manhas havia para voltar a vê-lo. mas hoje em dia é número de telemóvel para cá, facebook para lá e há muita coisa que se passa entre o conhecer e o beijar. mas é quase tudo virtual.
"ele fez-me um like no post que publiquei há 1min atrás"
"recebi uma mensagem de boa noite... xD"
"ele comentou a minha foto!!!"
(suspiro)
até falar disto é difícil. por isso não me vou alongar (muito) mais.
antigamente (não que eu seja muito velha) um namoro quando se iniciava era uma coisa séria.
era tipo um contrato a termo incerto... havia um período de galanteio, de encostos e toques acidentais, olhares cruzados, todo um rol de coisas que dava mais alento ao que vinha a seguir...
hoje em dia?
somos todos apaixonados em regime de freelance, relacionamentos abertos para cá, one-night stands para lá e assim se vai passando o tempo. ou porque como diz a Ana estamos todos desencontrados:
ele queria uma coisa mais séria e eu não
ele queria sexo, eu queria abraços
ele queria-me a mim e à namorada ao mesmo tempo
eu não queria ninguém
eu queria alguém mas não aquele, nem o outro
e assim se vai passando o tempo.
por isso é que acho que até o amor já passa recibos verdes.
ao início até tens isenção de compromissos, mas à medida que passas cada vez mais recibos, reparas que são sempre prestações de serviços manhosas, solicitações feitas em cima do joelho e que afinal não te vão compensar assim tanto como parecia. não só isso mas, depois, o imposto que vais ter de pagar por um bocadinho de carinho e atenção transforma-te numa pessoa endividada. insegura. inerte.
precária no amor.
mais um bocadinho e ainda começamos todos a adquirir um seguro contra desgostos amorosos!
(nota-se muito a depressão pós-férias?)
6 comments:
Nota! Principalmente quando me citas.
Já sabes que eu não sou exemplo para ninguém. Até porque relações precárias parece ser mesmo comigo.
Estás lá.
Estás lá.
Ana, eu tenho fé em ti. Já passaste por todas as fases más e as menos boas! Por isso, agora, só falta mesmo a fase boa! Além disso o Verão está aí ;)
Elodie, estou lá duas vezes? O Blogger não curte mesmo os teus comentários! =P
Este post não me dá vontade de divagar ou comentar apenas para o contraditório humorístico, nem tão pouco, cansar a beleza :p
queremos sempre coisas diferentes, o segredo é encontrar onde elas se encontram.
Se por um lado vivemos o mundo dos recibos, por outro e correndo o risco de enunciar a teoria da pescadinha de rabo na boca, temos e damos menos tempo para conhecer as pessoas e perceber como se comportam com o evoluir de algo.
Quanto mais tempo passa, vulgo, envelhecemos, mais nos refugiamos na justificação que não há tempo para "brincar" ou muita vezes fica-se pelo sim ou sopas.
Verdade, o virtual ocupa muito tempo das nossas vidas (e vai continuar). Mas penso que a solução está em encontrar o tempo que está escondido e não damos conta que existe (ronhas, saídas inóquas e afins) e utilizarmos naquilo que dizes que falta...o contacto e a presença.
Quanto ao imposto...há sempre o reembolso.
chindo, tu conheces-me, tenho tempo AONDE???? está tudo hipotecado! é a troika é a troika!!!
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